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Reencontro
Sinto sua falta
Em tudo o que vejo
Em tudo o que sinto
O brilho dos seus olhos
Fonte do meu profundo desejo
Me arrebata e me assalta
Fazendo minh'alma ressoar
Como grão som de um sino
Como compor a tênue existência
Dos dias cotidianos
Quando momento a momento vou eu
Insistentemente calculando os instantes
Para vê-la novamente?
Quiçá tão somente o suficiente
Para que seus lábios molhados
Toquem o meu espírito maltratado
Quisera eu ser padre, santo ou asceta
Mas minha condição de homem me torna
Completa e inteiramente entregue
Ao pecado do corpo, do desejo e da paixão
E por ti, meu bem, que por uma vez já me perdi
No paraíso infinito de ti como mulher
Encontrei, apesar de tudo a dádiva do perdão
Não vejo, ora bolas, por que não
Me entregar, uma vez mais ao desatino do destino
Seja o que Deus quiser
Se ele quiser, e se não quiser
Façamos – nós – o que nos couber
Pois não cabe a mim nem a ti
Querida, minha
Decidir o conluio que tal dádiva do reencontro
Reserva no futuro
Tão somente aproveitar tua tenra e doce companhia
Cujo o agora se faz e se desfaz
Constantemente se refazendo a cada momento
E para mim a única verdade descansa
Na ideia para mim sempre proibida
Negada e eludida
De que, de algum modo há uma esperança
De que dure sempre um pouco mais do que um dia
Que dure uma semana, um mês, um ano
Ou mesmo uma vida
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