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O Riso
Existem
algumas coisas muito piores do que a morte
Estar
entregue à própria sorte
Sem
que nada no mundo conforte
O
peso de uma antiga maldição
De
infinita podridão
Da
sua própria solidão
Muitos
julgam enfrentar demônios subjetivos
Mas
poucos do diabo são literalmente cativos
Quando
na profunda depressão se veem engolidos
E
naquela alcova de desespero
No
poço de loucura que a sanidade vê seu exaspero
As
moscas do demônio zumbem: você é seu próprio impróspero
Mas
no meio de todo esse ar de desastre
Você
encontra força para um massacre
De
perniciosas mosquinhas e toda sua intenção ao alastre
Fogo
e aço é da minha vontade
Que
com ela surge uma necessidade
Instintiva
que toda podridão da alma combate
Triste,
na verdade, foi o filósofo
Que
neste grande afeto não depositou seu negócio
Que
põe fim a todo passivo solilóquio
Seu
nome é Esperança
E
nessa porca lambança
Com
toda sua força ela finca sua lança
Se
pelo destino me foi dado
Um
certo caminho designado
Mesmo
que o rumo seja surrado e maltratado
Não
verei, portanto, nunca mais o demônio de minhas desgraças usufruir
Se
toda vez que tropeçar, sorrir ao cair
E
de toda a vida, com alegria cortante, passar a rir
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