Lua
Hécate, deusa grega das encruzilhadas, por Stéphane Mallarmé, 1880. Ah, Hécate, no desvelar da lua A noite obscura encobre o sombrio segredo Do poder oculto e fugidio do aparecer Na noite eterna que encobre em mistério Soturna e lúgubre a verdade esquecida Entre memórias há muito perdidas e apodrecidas Do que se tem como a luz que emana de ti Vendo agora, no clarão sombrio Da noite que engole o Ser e o Mundo E seu Abismo de negrume e Nada Somos tragados adentro da magia da deusa Hécate, nos abençoe e fortaleça Seu glóbulo ocular entre-nuvens Disperso porém presente, vívido porém evanescente Somos reféns de ti nas noites de glória Ao grande Sabá cósmico à Máquina Tanatoerótica De Nosso Senhor Dioniso, expressão viva Da tripartite de seu do rito profano Deus coroado das terras da Frígia Gerado, destroçado e germinado Para ascender do Abismo da destruição Delirante de alegria orgástica em seu ato de Sacrifício E pela máxima diabólica da transgressão Lhe solicitamos a benção, ó
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